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A alta costura sempre fascinou esse mineiro de Belo Horizonte, desde a infância. Tulio Morais, 24, é Designer de Moda pela FUMEC de BH e parece carregar agora, recentemente formado, esse mesmo desígnio de quem cria vestidos para os salões de baile – fascinar.

Princesa do Sertão foi o nome escolhido para a sua coleção, que fechou com chave de ouro o seu curso, em 2013. “Foi uma forma que escolhi para homenagear a terra natal da minha família.”

E Tulio conta também sobre seu processo criativo via email, onde estabelecemos contato. Para ficar de olho nesse talento, as imagens das suas criações falam por si.

Raízes

“Desde pequeno sou fascinado pelo universo da moda em especial da Alta Costura. O princípio mesmo da criação de moda se deu por volta dos 16, 17 anos, sempre revitalizando e inventando moda.”

Da concepção à criatura

“Estou em todas as partes do processo. Crio, modelo, corto, costuro, faço acabamentos, bordados e intervenções manuais.”

Sobre seu ateliê

“Recebo as clientes e após um bate-papo procuro descobrir o que ela deseja, crio os modelos e produzo. Geralmente, cada modelo demanda três ou quatro provas. A primeira é do toile (ou tela) – o modelo é montado em tecidos similares aos originais, quando fazemos todos os ajustes, vemos o caimento, comprimento, etc. A última prova acontece com a a peça pronta e juntos escolhemos os acessórios, cabelo, make, enfim, montamos o look completo.”

O que ainda quer aprender

“Gostaria de me aprofundar mais nas técnicas de moulage, que se trata da construção da peça sobre um manequim ou pessoa – já estou focando meus próximos estudos nesta técnica.”

Sobre a moda brasileira e inspirações

“A moda nacional vive um momento muito próspero, a valorização e o resgate da cultura nacional ganha cada vez mais adeptos no cenário fashion. O público está voltando os olhos para a produção nacional e vendo que o que é produzido aqui também pode ser de ótima qualidade, inovador e autêntico. Admiro o trabalho com rendas renascença da estilista Martha Medeiros. Dener Pamplona de Abreu, que fazia Alta Costura em terras nacionais e Joao Pimenta, que revoluciona com muita coragem e maestria o universo de moda masculina.”